domingo, 21 de junho de 2009

Novos Passos (Sem...)

Em certos momentos me relembro dela
Em outros, a esqueço

É como apagar da mente tudo que vivemos
Criar uma ilusão de que nunca existimos

Quando uma pessoa morre, um novo ciclo se inicia em nossas vidas
Uma nova parte de nós morre para a outra renascer

Uma nuvem branca passa e cega
Os olhos veem somente o que querem ver: A Nova Vida
Não enxergam o que querem esconder: (a falta dela)

E a passos rápidos caminhamos em linha reta
Evitando olhar para além do horizonte por puro medo

Melhor olhar pra baixo, para não tropeçar!

E quando percebermos, estaremos caminhando como novos homens
Homens decididos em busca de um ideal, de uma moral.

Sorriremos para aqueles que nos passarem
Acenaremos para os que caminham do outro lado da rua
Subiremos escadas e desceremos degraus

Empurraremos portas que devem ser empurradas
E puxaremos as que devem ser puxadas...

Até que...

Um sorriso aqui, outro lá.
Um abano, um aperto de mão...
Ternos e gravatas a desfilar.

Carros a andar... a poluir...

E o farol aberto que se fechará.
Um momento de distração e...

O Horizonte onipresente a nos encarar: Sem Ela!

Então nos atordoaremos, passaremos os dedos entre os cabelos
Nos desconfortaremos dentro de um terno caro
Cruzaremos a avenida correndo, fugindo...

Empurraremos portas que deviam ser puxadas
e puxaremos as que, de certo, deveriam ser empurradas!

Nos relembraremos que aquela não é a nossa vida.
Nos recordaremos da nuvem e dos olhos cegos por vontade.

Sim! A saudade irá bater. Irá doer.
Nos relembraremos que ela um dia esteve lá
Ao contrário da historinha que haviamos criado: De Que Ela Nunca Existiu!

E parado, sem forças, olharemos para trás, e veremos...

O que não queriamos ver
O que evitavamos perceber

Aquilo que fomos e negavamos
O que somos, e iremos, para sempre ser!

(Só Que, Agora, Para Sempre, Sem Ela)


segunda-feira, 15 de junho de 2009

Meus Cantinhos de Luz...

Queria q algumas pessoas me desculpassem. Pessoas que queriam me meter num grupo de amigos e acreditaram que seria pra sempre. As casas que morei e que depois deixei...

Boas casas com bons moradores das quais eu não keria ter partido, deixando gente com lágrima nos olhos, correndo atrás do táxi pedindo para eu voltar. Bom, isso definitivamente não aconteceu, embora eu kisesse q tivesse acontecido! Assim eu teria um bom motivo para pensar melhor no assunto e voltar para casa, sabendo q lá continuo tendo aquela mesma segurança. Mas oq eu aprendi nessas casas q morei (e uma em particular) é q se vc não tem segurança em vc mesma você não é um morador ou dono do lar como os outros lá dentro, é apenas um abrigado.

E apesar de ter saído de algumas casas eu não deixei os moradores. Nessas casas me preparei para o mundo descobrindo sentimentos, conhecendo diferenças, aprendendo a conviver... Aprendi a lidar com coisas com as quais não entendia. E me conheci mais lá.

Aprendi q paciência não é aturar o erro dos colegas e nem pensar q momentos ruins são apenas fases e aprendi q se nunca estourarmos com alguma coisa não conheceremos o nosso potencial. Aprendi q mais q conviver temos q nos conhecer. Aprendi q colega de quarto não é necessariamente um amigo. Aprendi q estar ligada a alguém pelo convívio não é o mesmo q estar ligada pelo coração. Aprendi q vc até pode escolher com qm conviver, mas q essas pessoas não tem obrigação alguma de te chamar pra sair com a galera no meio da noite.

Aprendi poucas coisas, mas importantes o bastante p/ sair de casa e deixar uma cama macia disponível, um guarda-roupa limpo, uma xícara favorita na cozinha...

São lares de muitos, mas abrigos de poucos. Foi meu lar. Foi meu abrigo. Hoje é o orgulho do q adquiri, das pessoas q encontrei e dos amigos q fiz.

E agradeço a essas pessoas por isso. Por isso q vale muito mais q apenas “isso”.


Por: Érica Saez


sábado, 13 de junho de 2009

sexta-feira, 12 de junho de 2009

O Papel, A Tinta, E As Palavras

Escrever não é um dom, é apenas o produto de todas as pessoas que aprenderam a conhecer os sentimentos. Escrever é algo bom. É pôr no papel o que sobrecarrega a alma. É falar sem falar. E como diria uma amiga: as vezes a escrita, por alguma razão, é mais eficiênte que a fala e a escuta.

Tenho uma teoria pra isso que se chama "ego".
Quando se conversa a respeito de algo com alguém, a forma que temos de convencer o outro de que nossa idéia está certa, se chama "razão".

Tentamos de todas as formas possíveis fazer com que o outro compre nossa idéia, ou faça parte dela. As idéias se defendem com argumentos!

Você aponta o dedo na cara de alguém e diz que ele está errado por ter feito X coisas.
"X" coisas na verdade são pesinhos que você está colocando na balança da disputa pelo ouro.

O Acusado irá colocar outras "X" coisas do outro lado da balança, contra você. Só para provar que você também faz "X" coisas. Assim se justificam os X's das questões.
Se me jogares um quilo de arroz na cara, lhe jogo outro de volta!

Ninguém quer discutir os "porquês" de tal ato. Mas se discutíssimos?
Cada um procuraria, segundo a sua própria razão, uma boa justificativa.

"Te joguei um quilo de arroz porque me jogaste um também, mas e você, por que jogaste em mim primeiro?"

E o outro responderia.
" Te joguei porque estava triste com "X" ato seu".

E assim, provavelmente, ficariam justificando os X's de cada um até a exaustão.

Aí vai um motivo pelo qual ainda prefiro o silêncio das palavras proferidas.
E o motivo de amar as escritas.

As proferidas vem de uma razão desajuizada, enquanto que, a escrita, de uma razão repensada.

Não se discute ego ou justificativas com um papel.
Se desabafa sentimentos e pensamentos.

Aqui, se diz, penso e ponto.
Aqui, se diz, sinto e ponto.

Não é necessário defender sentimentos com um papel.
Ele gentilmente absorve cada gota de tinta, acolhe cada palavra, e, mais do que isso,
faz questão de mostrar ao mundo aquilo que sinto. As minha palavras!

Mas há sim, poucas pessoas que terão a coragem de abrir a boca e falar de sentimentos ao invés de justificativas.

Elas dirão
"Me sinto assim"

E os outros responderão
"X coisas me levam a não ver um motivo"

Esses, me desculpem, mas, "me sinto assim" porque SINTO.

Motivos são para serem compreendidos

Sentimentos, para serem sentidos e aceitos!

Assim como faz gentilmente o papel, com as gotas de tinta da caneta.


Momentos Vazios

O que esperar de alguém que não espera nada?
O que pensar sobre o ato não concretizado?
As palavras não ditas, as melodias não escutadas?

Nada

Gente sem noção e sem conhecimento
Sem vivência de emoções
Vazia de sentimento, oca de momentos

Nada

Assim sofre menos o que cala
Morrem devagar os sentimentos
Morre anestesiado o que não fala.

E NADA

Há de acontecer à quem nada espera
Pois o que nada espera, espera o fim
E no fim, este que a ti não se cala, não se desespera!