quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A Maçã


Amaldiçoado sou ao sonhar com o cheiro da carne.

O desejo que me fascina e mata,

Fazendo reviver a lembrança



Pois é certo,



Haverá em cada hora vivida uma saudade

E em cada minuto esquecido, um vazio...



Amaldiçoado sou por ser 'vivo'

E abençoado por viver.



Que o cheiro suave persista

Até quando eu não possa mais saber



Para que assim, na luz de um tempo imprevisto,

Possamos gozar de tal fruto

E de sua fonte eterna beber.




segunda-feira, 9 de agosto de 2010

00:39


Diferente, quem sabe, daquele momento onde só se podia ver o tempo dobrado.

Meus olhos sedentos que viam os mesmos numerais, os mesmos ordinários.


Foi na busca de um mistério que encontrei minha falta de tino.


Prostituição mental é o que faço, quando me deixo levar pela repetição das horas.

E na noite, então entendi...

Não nasci para ver as mesmas coisas, nem reler mesmas histórias.

Nasci para intervir no tempo, para que este, um dia, intervenha por mim.


Que se danem as horas repetidas de minha labuta,

Que me fazem ver sempre as mesmas 14:14 horas.


Vida à meu mundo,

Que se faz acordar,

Quando vou dormir...