terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Suicídio


Nesta noite afagar-te-ei os cabelos.
Deitar-me-ei sobre a ferida aberta
afim de esmagá-la impiedosamente.
Contar-te-ei o que fizeste
com o intuito de difamar teu nome em vão
Buscar-te-ei, oh sol,
Queimando-te feito como carvão

Nesta noite ser-te-ei cruel
vendendo minha alma por trocados,
atirando-te as moedas na face.

Começarei despindo-me do pudor
até que despir-me-ei de minha própria pele.

E que morra em carne e osso.

Matando-me mais rápido
ao matar-te lentamente,
e silêncio.

Nesta noite roubar-te-ei a vida
ao roubar-me, a minha.


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