terça-feira, 15 de março de 2011

Sobre Rótulos e Classificações


Como sempre digo, o pós-modernismo se serve disso.

De caos.

Acredito, cada vez mais, que a sua passagem entre nós será rápida, se comparado com outros momentos da humanidade. É preciso o caos para que possamos repensar a ordem das coisas. É como um guarda roupa que estava arrumado com as camisas separadas por cores. Conforme o uso, as cores foram misturando-se ao retornarem da  lavanderia. Chega então um dia em que abrimos o guarda roupa e não sabemos mais que coisas de real valor e úteis temos guardadas, nem como as temos. É preciso tirar tudo lá de dentro, jogar para fora e reorganizar conforme nossa experiência do que funciona e do que não funciona na especialidade de se organizar e guardar roupas. Talvez o resultado sejam camisas separadas não mais por cores mas por mangas curtas e mangas longas. Ainda assim, pode ser que futuramente percebamos que o novo sistema não funcione tão bem o quando se esperava e voltemos a nos perder no caos.

O importante, em tudo isso, não é sabermos organizar, como vamos organizar ou quantas vezes teremos que organizar as coisas e nossas vidas, mas acharmos a forma mais adequada de convivermos e utilizarmos essas camisas. Isso sim, é extremamente pessoal e o direito de o ser vai até o limite em que invade os direitos de outrem. Isso sim refletirá no nosso bem estar, na nossa produtividade e no nosso amadurecimento.

Somos meros fragmentos de uma gigantesca cadeia de conhecimento. Não tenhamos a pretensão de sermos mais do que isso, pois não somos e nem seremos. Independente de sistemas, pensamentos ou rótulos que somos portadores e propagadores, tenhamos em mente que somos reflexo de nossos pensamentos e não eles de nós.

É e será merecido a cada cabeça o chapéu que a esta servir.

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