quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Dramatizar


Pago o preço pela distração.


O encantamento oriundo do ilusório, das possibilidades existentes
pelos desejos do subconsciente.



Uma festa meus caros!
Um desfile de mentiras ou verdades inconcretas.
Como é doce sonhar.

Só não esqueçam que o doce em demasia causa diabetes.

Até onde me levarei com esta inconsistência?

Nesses momentos a loucura me parece bondosa.
Cega com a doçura, desamarga o gosto das derrotas
suprimindo as faltas de nossa alma.

A loucura chama-se arte,
a arte de mentir e fingir para si e para os outros que o que se faz
tem um significado maior do que o de nos preencher um vazio.

Arte escrita,
arte expressa em tintas multicores,
arte em atuar.

Finjo que o sou,
finges que acreditas,
fingimos por nossos próprios interesses fingindo pensar que é por um bem maior.



Um comentário:

  1. Arte...pura e simples arte!

    "Sempre que mentires, rogo-te que vista o veneno com seda nobre e ouro vivo,
    Que me olhes com doçura enquanto segurares o punhal em suas costas,
    E que de mel embeba suas palavras de adeus.

    Faça-me morrer com arte e pela arte,
    Pouco me importa se de luxo é teu teatro,
    Ou se tua seda e teu ouro se revelem cópias ordinárias da beleza pomposa de outros tempos.

    Quero apenas crer!

    E por fim, em paz,
    Desvanecer-me entre aplausos inflamados."

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