quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Para Quando Caem as Cortinas



Sempre que mentires, rogo-te que vista o veneno
com seda nobre e ouro vivo,

Que me olhes com doçura enquanto
seguras o punhal em tuas costas

E que de mel embeba tuas palavras de despedida.

Faça-me morrer com arte e pela arte,
Por que já pouco importa se de luxo é teu teatro,
Ou que teu ouro e tua seda se revelem cópias ordinárias
da beleza de outrora.


Desejo apenas que me faças crer!

E por fim, em paz,
Entre aplausos inflamados, desvanecer.



3 comentários:

  1. Isso definitivamente é ARTE. Visualizo não somente a cena com perfeição como também compartilho da dor e da esperança de não mais sentir.

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  2. Gostei...

    Se é Morte, porque teria de ser feia e suja? Que seja o oposto, como a Vida outrora. Bela.

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