Adrian vos convidam a ler suas palavras como Adan as leria: assassinando intencionalmente vosso português, com suas palavras graciosas, cheias de contextos mal explicados. Muitas até mesmo dissimuladas. Fantasiosas. Gírias comuns e incomuns.
Pensamentos preparados, disfarçados de leve coincidência pensada. Casos mal resolvidos?...Porque não!?
Não levem vossos pensamentos a tão distante percurso. Antes disso já vos eram bem difíceis as distinções de intenções de minha parte.
As palavras são como as águas. São criadas para seguirem o curso que o seu Deus as dá. Mas, infelizmente, são inocentemente desviadas pelas mãos do Homem. São maleáveis, levianas. Simpáticas ao que os ouvidos querem ouvir. Antipáticas à razão.
Adan convida Adrian à escutá-las em diante. Bastando escutar apenas uma, e as vossas percepções se alterarem drasticamente. Cuidado com as interpretações! ...Elas tem o poder de vos fazerem navegar em mares conhecidos e vos naufragar em oceanos distantes.
"Use o bom senso Adan, querido! ...Adrian não quer usá-lo!"
Leiam tudo atentamente, não percam-se no caos. E cuidem para que vossos olhos não enxerguem mais do que as palavras querem dizer. Uma ambiguidade traiçoeira sempre põe tudo a perder. Mas, cuide também para que vossos corações não escutem menos do que vos é dedicado.
Ainda é noite e sigo ardente de febre confessional. Um morto semi vivo que teme a má compreensão de seus fiéis.
Pois tratem de tirar caraminholas de vossas mentes perturbadas e façamos um tratado: Tudo que de mim não se transforme em flores, de mim será como se não houvesse sido.
"Adrian! Adan quer falar!"
Se, as lagartas, que cultivo como se de minhas entranhas fossem, transformarem-se em monstros ao final, não poderei negar a criação. Mas sim, morro a negar, ali, tal intenção.
E, pois que fique às claras, como as gemas o fazem. Não ousem pensarem em mim como um velho rei adepto ao tabuleiro. Não vos nego ser jogador. Mas tudo com o que jogo são as palavras!
Tenham crença na certeza que vos digo: estou aos farrapos em demasia para querer brincar de adestrador.
Adrian e Adan vos convidam a apreciar minhas convicções, mas não pisem, jamais, em um velho sofredor. Que antes morram na incompreensão, do que atirarem pedras proeminentes de vossas mãos.
Por: Robson Rogers
Acho que nunca te comparei a nenhum outro escritor, mas enfim, agora vou precisar fazer isso! rsrs
ResponderExcluirEsse texto é maravilhoso, possui uma esquizofrenia poética que me lembrou muito Syd Barret.
E olhe que eu nunca comparei NINGUÉM à Barret!!
Belo texto, parabéns!!
Antes de me bater queria falar que não o conheço.
ResponderExcluirAinda que o nome me conhecido.
Mas confesso que me deixaste curioso.
Vou pesquisar algo sobre ele.
Quanto a tu não teres comparado NINGUÉM à ele...
Acredito que seria indelicado da minha parte duvidar que isso
seja um elogio. Obrigado Yuri.
Serio muito mais do que indelicadeza duvidar que isso foi um elogio!! hahah
ResponderExcluirSyd Barret foi um cantor,pintor, escritor e compositor inglês, primeiro vocalista do Pink Floyd, unica banda que para mim conseguiu alcançar o status de celestial, musicalmente falando!!
Morreu a alguns anos, passou seus ultimos momentos de vida entregue a esquizofrenia, problema esse que misturado com o excesso de LSD o fez sair do Pink Floyd.
Primeiro músico a ter o nome incluído no hall da fama da poesia moderna britânica!
Um MESTRE!
Hahah. Obrigado mais uma vez Yuri.
ResponderExcluirPela comparação e por me fornecer
quase uma biografia completa. rsrs
Valeu.
:)